sexta-feira, 10 de abril de 2009

MARTINS, Vicente. Elucidário Ortográfico: emprego do h inicial. Sobral, 2009.



O EMPREGO DO H INICIAL

1. Anti-hemorrágico
2. Anti-herói
3. Anti-heróico
4. Anti-higiênico
5. Anti-hipertensivo
6. Anti-histérico
7. Anti-horário
8. Anti-humanista
9. Hiper-humano
10. Infra-hepático
11. Infra-hióide
12. Ultra-humano

1. Inter-helênico
2. Inter-hemisférico
3. Inter-humanizado
4. Inter-humano
5. Pré-habilitação
6. Pré-habilitar
7. Pré-helênico
8. Pré-história
9. Pré-historiador
10. Pré-histórico
11. Pré-hominídeo
12. Pré-humano

1. Mal-humorado
2. Pós-hipnótico
3. Pró-homem
4. Sobre-humano
5. Super-humano
6. Supra-hepático
7. Supra-homem
8. Supra-humanismo
9. Supra-humanista
10. Supra-humanizar
11. Supra-humano






1. Extra-hepático
2. Extra-humano
3. Hiper-hedônico
4. Hiper-hedonismo
5. Hiper-hidrose
6. Sobre-horrendo
7. Sobre-humanismo
8. Sobre-humanizado
9. Sobre-humanizar
10. Sub-humanidade
11. Sub-humano







1. Anti-hemorrágico
2. Anti-herói
3. Anti-heróico
4. Anti-higiênico
5. Anti-hipertensivo
6. Anti-histérico
7. Anti-horário
8. Anti-humanista
9. Hiper-humano
10. Infra-hepático
11. Infra-hióide
12. Ultra-humano


13. Inter-helênico
1. Inter-hemisférico
2. Inter-humanizado
3. Inter-humano
4. Pré-habilitação
5. Pré-habilitar
6. Pré-helênico
7. Pré-história
8. Pré-historiador
9. Pré-histórico
10. Pré-hominídeo
11. Pré-humano
12. Mal-humorado
1. Pós-hipnótico
2. Pró-homem
3. Sobre-humano
4. Super-humano
5. Supra-hepático
6. Supra-homem
7. Supra-humanismo
8. Supra-humanista
9. Supra-humanizar
10. Supra-humano


1. Extra-hepático
2. Extra-humano
3. Hiper-hedônico
4. Hiper-hedonismo
5. Hiper-hidrose
6. Sobre-horrendo
7. Sobre-humanismo
8. Sobre-humanizado
9. Sobre-humanizar
10. Sub-humanidade
11. Sub-humano



O emprego do H INICIAL



1. Anti-hemorrágico
2. Anti-herói
3. Anti-heróico
4. Anti-higiênico
5. Anti-hipertensivo
6. Anti-histérico
7. Anti-horário
8. Anti-humanista
9. Hiper-humano
10. Infra-hepático
11. Infra-hióide
12. Ultra-humano

1. Inter-helênico
2. Inter-hemisférico
3. Inter-humanizado
4. Inter-humano
5. Pré-habilitação
6. Pré-habilitar
7. Pré-helênico
8. Pré-história
9. Pré-historiador
10. Pré-histórico
11. Pré-hominídeo
12. Pré-humano
1. Mal-humorado
2. Pós-hipnótico
3. Pró-homem
4. Sobre-humano
5. Super-humano
6. Supra-hepático
7. Supra-homem
8. Supra-humanismo
9. Supra-humanista
10. Supra-humanizar
11. Supra-humano






12. Extra-hepático
1. Extra-humano
2. Hiper-hedônico
3. Hiper-hedonismo
4. Hiper-hidrose
5. Sobre-horrendo
6. Sobre-humanismo
7. Sobre-humanizado
8. Sobre-humanizar
9. Sub-humanidade
10. Sub-humano

Fonte: MARTINS, Vicente. Elucidário Ortográfico: emprego do h inicial. Sobral, 2009.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Plano de Trabalho Docente para Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica






Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - Curso de Letras -2008.2
Campus da Betânia, Sobral, Estado do Ceará
Prof. Vicente Martins
e-mail:
vicente.martins@uol.com.br

Plano de Trabalho Docente para Prática de Pesquisa:
Reforma Ortográfica
Blog da Prática de Pesquisa:
http://reforma-da-ortografia.blogspot.com/

1. Justificativa do Plano de Trabalho Docente para Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica


Uma reforma ortográfica – mesmo que seja um acordo de unificação como este de 2008 – tem muitas repercussões. Suas de decisões interferem na vida prática, desde a redação de uma prova de concurso até a expedição de documentos oficiais.

No campo escolar, caberá às instituições de ensino, especialmente as de educação básica, a tarefa de estabelecer, na formação de seus alunos, estratégias metodológicas para o uso dos padrões ortográficos da língua portuguesa.

Não sem motivo existe grande interesse da sociedade na obtenção de esclarecimentos seguros e confiáveis sobre as mudanças, já que as bases do acordo são redigidas em termos genéricos, e não dão conta de sua aplicação palavra por palavra. Em vista disso, a Prática de pesquisa: Reforma Ortográfica é uma preparação para análise do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) que está em fase de elaboração.
Trata-se de uma atividade acadêmica, presente na grade nova do currículo de Letras, e envolve dois domínios da formação inicial: a área de fundamentos lingüísticos e a área de aportes pedagógicos, configurada uma Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica. Aproxima-se mais imediatamente das Práticas de Ensino, em particular, para os graduandos de habilitação em língua portuguesa.O momento áureo deste componente pedagógico será, pois, o estudo das regras das bases do Acordo Ortográfico.
2. Ementa do componente pedagógico:
2.1. Ementa da Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica: Estudo do sistema gráfico da língua portuguesa e sua relação com a Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa. A correspondência entre grafemas e fonemas. Representação gráfica das vogais, consoantes, ditongos, palavras com e sem hífen e acentuação gráfica das palavras. Estudo das novas regras da ortografia a partir do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

3. Objetivos do componente pedagógico:
3.1. Como Prática de Pesquisa sobre nova ortografia da língua portuguesa, espera-se que os alunos desenvolvam a uma reflexão lingüística das bases do Acordo Ortográfico. A Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica tem por objetivo, a partir do texto integral do Acordo Ortográfico,
Decreto nº 6.583, de 19 de setembro de 2008, que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, apresentar as bases deste Acordo e relacioná-las com o Ensino da Ortografia, mormente aqueles que procuram descrever e explicar: 1) A ortografia como atividade de comunicação internacional (lusofonia); 2) A ortografia como atividade lingüística (bases) e 3) A ortografia como atividade cognitiva (memória cultural).
3.2. São objetivos mais específicos da Prática de Pesquisa:
- Estudo das bases lingüísticas do Acordo Ortográfico
- levantamento das regras de prescrição, proscrição e exceções ortográficas previstas no Acordo Ortográfico
- Estudo do emprego dos grafemas vocálicos e consonânticos da nova ortografia da língua portuguesa
- Estudo das regras de acentuação gráfica do exemplário de palavras do Acordo Ortográfico
- estudo das regras do emprego do hífen do exemplário de palavras do Acordo Ortográfico

4. Conteúdo programático:

4.1. Atividade I - Apresentação da Prática de Pesquisa e do professor-orientador. Introdução à História da Ortografia da Língua Portuguesa: (a) A fase da ortografia fonográfica; (b) A fase da ortografia etimológica e (c) A fase da ortografia simplificada. Discussão sobre a abordagem da ortografia entre os gramáticos e os lingüistas: (1) Ortografia Acentual; (b) Ortografia Literal; (c) Ortografia Pontual. Orientação. Orientação para leitura e estudos lingüísticos, por base, dos seguintes documentos: (a) Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e (b) Nota explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Atividade individual: elaboração de artigo científico, seguindo as normas da ABNT, sobre os desafios, problemas e soluções para o ensino da ortografia na educação básica.

4.2. Atividade II - Discussão, a partir do Acordo Ortográfico, sobre a política l de ortografia lusófona: (a) Aspectos políticos e lingüísticos do Novo Acordo Ortográfico para os países lusófonos; (b) As repercussões do acordo no ensino da língua portuguesa e (c) Indefinições do Novo Acordo Ortográfico e a tomada de posições pelo VOLP. Tarefa dos alunos-pesquisadores: apresentação de Seminários Ortográficos sobre as Bases do Acordo Ortográfico, por equipe, a partir das orientações do professor. Entrega do vocabulário do Acordo Ortográfico, com definição e ordem alfabética. Orientações para o estudo das regras ortográficas contidas nas bases I a VII: (a) Estudo do vocabulário das bases I a VII; (b) Levantamento das regras ortográficas contidas nas bases I a VII: prescritivas, proscritivas e exceções e (c) regras ortográficas contidas nas bases I a VII para o aprendizado da ortografia da língua portuguesa. (2) Elaboração de artigo sobre a questão dos grafemas vocálicos e consonânticos no Acordo Ortográfico.

4.3. Atividade III - Discussão sobre os fatores que influem na aprendizagem da ortografia: (a) Fatores perceptivos; (b) Fatores lingüísticos; (c) Fatores afetivos e (d) Fatores motrizes. Tarefa dos alunos-pesquisadores: apresentação de Seminários Ortográfico sobre as Bases do Acordo Ortográfico, por equipe, a partir das orientações do professor. Tarefa para os grupos: (1) estudo das regras ortográficas contidas nas bases I a VII: (a) Estudo do vocabulário das bases I a VII; (b) Levantamento das regras ortográficas contidas nas bases VIII a XIV: prescritivas, proscritivas e exceções e (c) regras ortográficas contidas nas bases I a VII para o aprendizado da ortografia da língua portuguesa e (2) Elaboração de artigo sobre a questão da acentuação gráfica no Acordo.

4.4. Atividade IV - Professor-orientador deverá instruir os alunos os parâmetros lingüístico-pedagógicos da didática da nova ortografia: (a) Os Métodos para aprendizagem da ortografia; (b) O método dedutivo na didática da ortografia e (c) O método indutivo na didática da ortografia. Estudo do vocabulário das bases I a VII; (b) Levantamento das regras ortográficas contidas nas bases XV a XXI: prescritivas, proscritivas e exceções e (c) regras ortográficas contidas nas bases I a VII para o aprendizado da ortografia da língua portuguesa. (2) Elaboração de artigo sobre a questão do emprego do hífen no Acordo Ortográfico. Data da entrega a combinar

4.5. Unidade V - Seminários Ortográficos - apresentação, em equipes, dos seguintes tópicos do Acordo Ortográficos: (a) Emprego dos grafemas consonânticos e vocálicos; (b) As novas regras de acentuação gráficas e c) As novas regras de emprego do hífen.

5. - Metodologia de ensino:
5.1. O componente pedagógico será desenvolvido, em sala de aula, através de aulas e discussões teóricas. Ao longo dos encontros prática serão colocadas para os alunos-pesquisadores questões factuais, analíticas, criativas e práticas sobre o Acordo Ortográfico.
5.2. As aulas teóricas, ou mais, precisamente, as discussões teóricas, em sala de aula, têm um caráter essencialmente dialógico, expositivo e reflexivo e servem para introduzir os conceitos que serão explorados nas aulas práticas, na análise das bases do Acordo Ortográfico, nas quais os alunos aplicarão e consolidarão os seus conhecimentos com a ajuda de notas de aulas, seminários temáticos, propostas de atividades por escrito e elaboração do glossário especializado na área da escrita ortográfica. A atividade de construção de um glossário terminológico(vocabulário presente no exemplário de palavras) na área ortográfica, para esta PP, será uma sugestão importante para o enriquecimento terminológico, constituindo, pois, uma atividade acadêmica obrigatória por parte dos graduandos-pesquisadores.
5.3. Para o desenvolvimento desta PP, dentro e fora da sala de aula, consideraremos o seguinte: em sala de aula, faremos exposições sobre tópicos do Acordo Ortográfico bem como indicaremos a leitura, para aprofundamento de estudos ortográficos, a partir de textos extraídos da bibliografia básica e complementar.
Teremos os seminários temáticos, oportunidade em grupos, indicados pelo professor (ordem alfabética é o critério da formação grupal), farão apresentações, de até 15 minutos, viabilizando a participação do grupão na discussão.
Os grupos não poderão ultrapassar a 5 membros, favorecendo, assim, uma divisão de tarefas: coordenador, redator, revisor, relator e editor final da atividade acadêmica que, em geral, é cobrada, por parte do professor, um resumo, de até 1 página, da apresentação do grupo em sala de aula.
Os alunos poderão acessar aos textos do professor sobre o assunto bem como de alunos que já apresentaram atividades na área, em semestres anteriores, para que os atuais tomem como referência de estudos e de formatação para edição on-line.
Os artigos científicos, sempre valendo notas para avaliação parcial na Prática de Pesquisa, devem ser encaminhados ao professor Vicente Martins, pela internet, através de seu e-mail. Durante os encontros presenciais ou não-presenciais, sob a tutoria do professor Vicente Martins, os alunos deverão elaborar atividades acadêmicas (especialmente, os artigos científicos) e enviá-los ao endereço eletrônico do professor:
vicente.martins@uol.com.br.
Os trabalhos dos graduandos, devidamente analisados e avaliados, na perspectiva de publicação on-line, poderão ser lidos, discutidos e apreciados no site oficial da disciplina. Após lidos, corrigidos e avaliados pelo docente, poderão ser publicados em outros sites ou mídias impressas (jornais e revistas nacionais) para favorecer o intercâmbio de idéias e opiniões sobre o assunto com outros internautas. No futuro, os artigos científicos poderão ser material valioso para uma revista de estudos lingüísticos do Curso de Letras. A idéia do professor Vicente Martins é que o aluno, em Sobral, esteja antenado com o escol de pesquisadores, professores e graduandos e pós-graduandos desejosos de discutir e aprofundar os temas de psicolingüística relacionados à ortografia da língua portuguesa.

5.3. Orientação para a elaboração dos artigos: O artigo é parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. O artigo tem como objetivo divulgar estudos e pesquisas no meio científico visando à evolução do conhecimento e das ciências. (veja, nas bibliotecas ou sites indicados pelo professor, modelos de artigos publicados em revistas). Os artigos deverão ter 6 a 10 páginas, digitados e entregues gravados em CD, juntamente com uma cópia impressa. Os artigos deverão ser elaborados individualmente em grupos de até três alunos (livremente escolhidos entre os pares). Observação muito importante: todos os textos adotados pelo professor Vicente Martins, para a presente disciplina, deverão ser, sempre que possível, citados nos artigos e deverão, pois constar, na lista de referência bibliográfica
6. Sistemática de avaliação
6.1. Média Final da disciplina: Serão feitas três avaliações, conforme a sistemática da UVA, levando-se em conta a participação nas atividades orientadas pelo professor, freqüência às aulas (75 por cento de presença) e contribuição dos alunos para o aprofundamento de estudos dos colegas da Prática de Pesquisa. A partir daí, será tirada a Média Final. Todavia, salientamos que o sentido que damos, aqui, na PP, é a aprendizagem como princípio da avaliação. A avaliação não tem por fim aferição, atribuição de notas, portanto, caráter somativo(quantitaivo) mas a observação do pensamento crítico do aluno sobre as bases do novo Acordo Ortográfico.
5.1. As Avaliações Parciais (AP1 e AP2) deverão ser através de elaboração de artigos científicos sobre os tópicos do Acordo Ortográfico, apresentação de seminário temático e entrega de trabalho de conclusão da Prática (Relatório da Prática de Pesquisa), por escrito, ao professor, incluindo o Vocabulário Ortográfico contido no exemplário das bases do Acordo. Os artigos científicos não têm por fim unicamente a avaliação, uma vez que serão elaborados com fins de publicação no blog da Prática de Pesquisa. Para a nota de AP3, a produção de artigos científicos e o Relatório de Pesquisa “Reforma Ortográfica” se constituirão, em termos de avaliação, o momento áureo da PP. A avaliação formativa para a PP é, no nosso entendimento, o critério de avaliação de rendimento acadêmico mais recomendado para a definição de notas ou de média final no final da Prática de Pesquisa.

7. Bibliografia básica
1. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & lingüística. 5ª ed. São Paulo: Scipione, 1992. pp. 95-14.
2. CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. 4ª ed. São Paulo: Ática, 1999.
3. FARACO, Carlos Alberto. Escrita e alfabetização: características do sistema gráfico do Português. São Paulo: Contexto, 1192. (Coleção Repensando a Língua Portuguesa)
4. GUIMARÃES, Gilda; ROAZZI, Antonio. A importância do significado na aquisição da escrita ortográfica. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp.61-75.
5. LEAL, Telma Ferraz; ROAZZI, Antonio. A criança pensa e aprende ortografia. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).pp.99-120.
6. LEMLE, Mirim. Guia teórico do alfabetizador. 6ª ed. São Paulo: Ática, 1991.
7. MASSINI-CAGLIARI, Gladis; CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização. Campinas, SP: Mercado de Letras/ALB/Fapesp, 1999. (Coleção Leituras no Brasil)
8. MIYARES, Eloína; RUIZ, Vitelio. Vacuna ortográfica: val-Cuba. Nível primario. Metodologia pra prevenir y erradicar las faltas de ortografía. Habana: EdA, 1999.
9. MONTEIRO Ana Márcia Luna. “Sebra-ssono-pessado-asado”. O uso do “s” sob a ética daquele que aprende. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp.43-60.
10. MORAIS, Artur Gomes de. “Por que gozado não se escreve com u no final?” – os conhecimentos explícitos verbais da criança sobre a ortografia. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).pp. 77-98.
11. MORAIS, Artur Gomes de. Escrever como deve ser. In TEBEROSKY, Ana; TOLCHINSKY, Liliana. (orgs.). Além da alfabetização: a aprendizagem fonológica, ortográfica, textual e matemática. Tradução de Stela Oliveira. São Paulo: Ática, 1996. pp. 61-84.
12. MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: este peculiar objeto de conhecimento. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Bel.o Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp.7-19.
13. MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Bel.o Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).
14. REGO, Lucia Lins Browne; BUARQUE, Lair Levi. Algumas fontes de dificuldade na aprendizagem de regras ortográficas. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).pp. 21-41.
15. SCLIAR-CABRAL, Leonor. Guia prático de alfabetização: baseado em princípios do sistema alfabético do Português do Brasil.São Paulo: Contexto, 2003.
16. SCLIAR-CABRAL, Leonor. Princípios do sistema alfabético do Português do Brasil.São Paulo: Contexto, 2003.
17. SILVA, Cínara Santana da; BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. Reflexões sobre o ensino e a aprendizagem da pontuação. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp. 121-139.
18. TEBEROSKY, Ana; TOLCHINSKY, Liliana. (orgs.). Além da alfabetização: a aprendizagem fonológica, ortográfica, textual e matemática. Tradução de Stela Oliveira. São Paulo: Ática, 1996.
19. ZORZI, Jaime Luiz. Aprender a escrever: a apropriação ao sistema ortográfico. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
20. ZORZI, Jaime Luiz. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita: questões clínicas e educacionais. Porto Alegre: Artmed, 2003

7.1 Bibliografia Complementar:
· ASSINI-CAGLIARI, Gladis. Acento e ritmo. São Paulo: Contexto, 1992 (Coleção Repensando a língua portuguesa)
· BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37 ed. Ver e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999. (ppp.57-108)
· BISOL, Leda. (org.). Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro. 3º ed. Ver. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001.
· Borba, Francisco da Silva. Introdução aos estudos lingüísticos. 11 ed. Campinas, SP: Pontes, 1991. (pp.99-142)
· CALLOU, Dinah, LEITE, Yonne. Iniciação à Fonética e à fonologia. 4º ed. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 1990.
· CAMARA JR, J. Mattoso. Dicionário de lingüística e gramática: referente à língua portuguesa. 10 ed. Petrópiolis, RJ: Vozes, 1981. (Fonação, fonemática, fonêmica, fonética, fonética sintpática, fonologia)
· CAMARA JR, Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. 13 ed. Petrópolis, J: Vozes, 2000. (pp.33-65)
· CAMARA JR, Joaquim Mattoso. Problemas de lingüística descritiva. 18 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. (pp.7-39)
· CANONGIA, Marly Bezerra. Manual da terapia da palavra: anatomia, fisiologia, semiologia e o estudo da articulação e dos fonemas. RJ: Atheneu, 1981.
· CARDOSO-MARTINS, Cláudia. (org.). Consciência fonológica e alfabetização. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
· CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. 4] ed. São Paulo: Ática, 1999.
· CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. Rio de Janeiro: CEN, 1992. (PP.3-25)
· CHAPMAN, Robin S. Processos e distúrbios na aquisição da linguagem. Tradução de Emilia de Oliveira Dierhl e Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996 (pp.73-134)
· CRYSTAL, David. Dicionário de lingüística e fonética. Tradução e adaptação de Maria Carmelita Pádua dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. (fonoção, fone, fonema, fonêmica sistemática, fonética acústica, fonética articulatória, fonética auditiva, fonética sistemática, fonoestética, fonologia, fonologia auto-segmental, fonotática)
· CUNHA, Celso Ferreira da. Gramática de base. Rio de Janeiro: FENAME, 1982. (PP.22-52)
· CUNHA, Celso Ferreira. Gramática da portuguesa. 12² ed, 5ª tir. Brasília: FAE, 1994. (PP.37-83)
· DUBOIS, Jean et al. Dicionário de lingüística. São Paulo: ultriz, 1993. (Verbetes fonemas, fonação, fonemática, fonética, fonograma, fonologia, fonológico, fonologização)
· FARACO, Carlos Alberto. Escrita e alfabetização: características do sistema gráfico do português. São Paul: Contexto, 1992. (Coleção Repensando a língua portuguesa)
· GALLEGO, Maria S. Carrilo, SERRANO, Javier Marín. Desarrollo metafonológico y adquisición de la lectura: un programa de entrenamiento. Madri: MEC/CIDE, 1996. (Colecció Investigación, nº 122)
· HARRIS, Theodore L, HODGES, Ricvhard E. Dicionário de alfabetização: vocabulário de leitura e escrita. Porto Aklegre: Artes Médicas Sul,. 1999 (Fonação, fone, fonema, fonêmica, fonêmica sistemática, fonética, fonética acústica, fonética articulatória, fonética auditiva, fonético, fônica, fônica analítica, fônica de letras, fônica de palavras inteiras, fônica expressiva, fônica intrínseca, fônica seqüencial, fônica sintática, fonograma, fonograma composto, fonologia, fonologia gerativa, fonologia métrica e fonotática)
· LEMLE, Mirian. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1991.
· LOPES, Edward. Fundamentos da lingüística contemporânea. 17 ed. São Paulo: Cultrix, 1999.
· LYONS, John. Linguagem e lingüística: uma introdução. Tradução de Marilda Winkler Averbug e Clarisse Sieckenius de Souza . Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1987. (pp. 71-100)
· MACAMBIRA, José. Fonologia do português. Fortaleza: Secretaria de Cultura do Ceará, 1985
· MASSINI-CAGLIARI, Gladis, CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização. Campinas, SP: Mercado de Letras/Associação de Leitura, 1999.
· MATEUS, M.H.M. & M.F. XAVIER (orgs.) Dicionário de Termos Linguísticos, vol. I e II. Lisboa, Cosmos, 1992 (Versão em disquete doada ao professor Vicente Martins pela professora M.H.M Mateus)
· MUSSALIM, Fernanda, BENTES, Anna Christina.
· orgs.). Introdução à lingüística: domínios e fronteiras, v.1. São Paulo: Cortez, 2001. (pp. 15-206)
· Sacconi, Luiz Antônio. Nossa gramática: prática. São Paulo: Atual, 1990. (pp.1-21)
· SCLIAR-CABRAL, Leonor. Guia prático de alfabetização: baseado em princípios do sistema alfabético do português do Brasil. São Paulo: Contexto, 2003.
· SCLIAR-CABRAL, Leonor. Princípios do sistema alfabético do português do Brasil. São Paulo: Contexto, 2003.
· SILVEIRA, Regina Célia Pagliuchi da. Estudos de fonética do idioma português. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1988 (Série gramática portuguesa na pesquisa e no ensino, n.6)
· SILVEIRA, Regina Célia Pagliuchi de. Estudos de fonologia portuguesa. São Paulo: Cortez, 1996. (Série gramática portuguesa na pesquisa e no ensino, n.11).
· TEBEROSKI, Ana, TOLCHINSKY, Liliana. Além da alfabetização: a aprendizagem fonológica, ortográfica, textual e matemática. Tradução de Stela Oliveira. São Paulo: Ática, 1996. (Série Fundamentos, n.127)
· YAVAS, Mehmet et al. Avaliação fonológica da criança: reeducação e terapia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
· NETTO, Waldemar Ferreira. Introdução à fonologia da língua portuguesa.São Paulo: Hedra, 2001. p.31-139.
· SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e fonologia do Português: roteiro de estudos e guia de exercícios. 8 ed. São Paulo: Contexto, 2005. p. 11-47; 117-182.
Sobral (CE), Campus da Betânia, o presente Plano de Trabalho Docente (PTD) de Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica foi atualizado pelo professor Vicente Martins no período de 16 a 20 de fevereiro de 2009

CRONOGRAMA DOS ENCONTROS DE PRÁTICA DE PESQUISA “REFORMA ORTOGRÁFICA”





Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - Curso de Letras


CRONOGRAMA DOS ENCONTROS DE PRÁTICA DE PESQUISA “REFORMA ORTOGRÁFICA”


Prof. Vicente Martins
[i]


1. Apresentação da Prática de Pesquisa e do professor-orientador. Introdução à História da Ortografia da Língua Portuguesa: (a) A fase da ortografia fonográfica; (b) A fase da ortografia etimológica e (c) A fase da ortografia simplificada. Discussão sobre a abordagem da ortografia entre os gramáticos e os lingüistas: (1) Ortografia Acentual; (b) Ortografia Literal; (c) Ortografia Pontual. Orientação. Orientação para leitura e estudos lingüísticos, por base, dos seguintes documentos: (a) Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e (b) Nota explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Atividade individual: elaboração de artigo científico, seguindo as normas da ABNT, sobre os desafios, problemas e soluções para o ensino da ortografia na educação básica. Data de entrega a combinar.


2. Professor-orientador: Discussão, a partir do Acordo Ortográfico, dos seguintes tópicos: POLÍTICA DA ORTOGRAFIA: (a) Aspectos políticos e lingüísticos do Novo Acordo Ortográfico; (b) As repercussões do acordo no ensino da língua portuguesa e (c) Indefinições do Novo Acordo Ortográfico e a tomada de posições pelo VOLP. Tarefa dos alunos-pesquisadores: apresentação de Seminários Ortográficos sobre as Bases do Acordo Ortográfico, por equipe, a partir das orientações do professor. Entrega do vocabulário do Acordo Ortográfico, com definição e ordem alfabética. Orientações para o estudo das regras ortográficas contidas nas bases I a VII: (a) Estudo do vocabulário das bases I a VII; (b) Levantamento das regras ortográficas contidas nas bases I a VII: prescritivas, proscritivas e exceções e (c) regras ortográficas contidas nas bases I a VII para o aprendizado da ortografia da língua portuguesa. (2) Elaboração de artigo sobre a questão dos grafemas vocálicos e consonânticos no Acordo Ortográfico. Data da entrega a combinar.
3. Professor-orientador: discussão sobre os fatores que influem na aprendizagem da ortografia: (a) Fatores perceptivos; (b) Fatores lingüísticos; (c) Fatores afetivos e (d) Fatores motrizes. Tarefa dos alunos-pesquisadores: apresentação de Seminários Ortográfico sobre as Bases do Acordo Ortográfico, por equipe, a partir das orientações do professor. Tarefa para os grupos: (1) estudo das regras ortográficas contidas nas bases I a VII: (a) Estudo do vocabulário das bases I a VII; (b) Levantamento das regras ortográficas contidas nas bases VIII a XIV: prescritivas, proscritivas e exceções e (c) regras ortográficas contidas nas bases I a VII para o aprendizado da ortografia da língua portuguesa e (2) Elaboração de artigo sobre a questão da acentuação gráfica no Acordo Ortográfico.


4. .Professor-orientador: instrução sobre a didática da nova ortografia: (a) Os Métodos para aprendizagem da ortografia; (b) O método dedutivo na didática da ortografia e (c) O método indutivo na didática da ortografia. Estudo do vocabulário das bases I a VII; (b) Levantamento das regras ortográficas contidas nas bases XV a XXI: prescritivas, proscritivas e exceções e (c) regras ortográficas contidas nas bases I a VII para o aprendizado da ortografia da língua portuguesa. (2) Elaboração de artigo sobre a questão do emprego do hífen no Acordo Ortográfico. Data da entrega a combinar.


5. Seminários Ortográficos - apresentação, em equipes, dos seguintes tópicos do Acordo Ortográficos: (a) Emprego dos grafemas consonânticos e vocálicos; (b) As novas regras de acentuação gráficas e c) As novas regras de emprego do hífen.


6. Auto-avaliação: avaliação de desempenho dos alunos-pesquisadores durante a realização da prática de pesquisa. Avaliação do desempenho docente


Bibliografia complementar:


1. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & lingüística. 5ª ed. São Paulo: Scipione, 1992. pp. 95-146.
2. CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. 4ª ed. São Paulo: Ática, 1999.
3. FARACO, Carlos Alberto. Escrita e alfabetização: características do sistema gráfico do Português. São Paulo: Contexto, 1192. (Coleção Repensando a Língua Portuguesa)
4. GUIMARÃES, Gilda; ROAZZI, Antonio. A importância do significado na aquisição da escrita ortográfica. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp.61-75.
5. LEAL, Telma Ferraz; ROAZZI, Antonio. A criança pensa e aprende ortografia. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).pp.99-120.
6. 8.LEMLE, Mirim. Guia teórico do alfabetizador. 6ª ed. São Paulo: Ática, 1991.
7. .MASSINI-CAGLIARI, Gladis; CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização. Campinas, SP: Mercado de Letras/ALB/Fapesp, 1999. (Coleção Leituras no Brasil)
8. MIYARES, Eloína; RUIZ, Vitelio. Vacuna ortográfica: val-Cuba. Nível primario. Metodologia pra prevenir y erradicar las faltas de ortografía. Habana: EdA, 1999.
9. MONTEIRO Ana Márcia Luna. “Sebra-ssono-pessado-asado”. O uso do “s” sob a ética daquele que aprende. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp.43-60.
10. MORAIS, Artur Gomes de. “Por que gozado não se escreve com u no final?” – os conhecimentos explícitos verbais da criança sobre a ortografia. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).pp. 77-98.
11. MORAIS, Artur Gomes de. Escrever como deve ser. In TEBEROSKY, Ana; TOLCHINSKY, Liliana. (orgs.). Além da alfabetização: a aprendizagem fonológica, ortográfica, textual e matemática. Tradução de Stela Oliveira. São Paulo: Ática, 1996. pp. 61-84.
12. MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: este peculiar objeto de conhecimento. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Bel.o Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp.7-19.
13. MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Bel.o Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).
14. REGO, Lucia Lins Browne; BUARQUE, Lair Levi. Algumas fontes de dificuldade na aprendizagem de regras ortográficas. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).pp. 21-41.
15. SCLIAR-CABRAL, Leonor. Guia prático de alfabetização: baseado em princípios do sistema alfabético do Português do Brasil.São Paulo: Contexto, 2003.
16. SCLIAR-CABRAL, Leonor. Princípios do sistema alfabético do Português do Brasil.São Paulo: Contexto, 2003.
17. SILVA, Cínara Santana da; BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. Reflexões sobre o ensino e a aprendizagem da pontuação. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp. 121-139.
18. TEBEROSKY, Ana; TOLCHINSKY, Liliana. (orgs.). Além da alfabetização: a aprendizagem fonológica, ortográfica, textual e matemática. Tradução de Stela Oliveira. São Paulo: Ática, 1996.
19. ZORZI, Jaime Luiz. Aprender a escrever: a apropriação ao sistema ortográfico. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
20. ZORZI, Jaime Luiz. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita: questões clínicas e educacionais. Porto Alegre: Artmed, 2003.

Sobral (CE), Campus da Betânia, o presente cronograma da Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica foi atualizado pelo professor Vicente Martins no período de 16 a 20 de fevereiro de 2009.


[i] [i] No dia 03 de março de 2009, o professor Vicente Martins entregou uma cópia do seu Plano de Trabalho Docente (PTD), acompanhado de Plano de Docência da Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica e seu cronograma de encontros, à Coordenação do Curso de Letras para que, em reunião do Colegiado, proceda com a leitura, apreciação crítica e avaliação acadêmica. Uma outra cópia dos dois documentos foi anexada à apostila (textos) dos alunos matriculados em Prática de Pesquisa.

Plano de Trabalho Docente para Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica






Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - Curso de Letras -2008.2
Campus da Betânia, Sobral, Estado do Ceará
Prof. Vicente Martins
e-mail:
vicente.martins@uol.com.br

Plano de Trabalho Docente para Prática de Pesquisa:
Reforma Ortográfica
Blog da Prática de Pesquisa:
http://reforma-da-ortografia.blogspot.com/

1. Ementa da Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica: Estudo do sistema gráfico da língua portuguesa e sua relação com a Fonética e Fonologia da Língua Portuguesa. A correspondência entre grafemas e fonemas. Representação gráfica das vogais, consoantes, ditongos, palavras com e sem hífen e acentuação gráfica das palavras. Estudo das novas regras da ortografia a partir do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
2. Objetivos do componente pedagógico: Como Prática de Pesquisa sobre nova ortografia da língua portuguesa, espera-se que os alunos desenvolvam a uma reflexão lingüística das bases do Acordo Ortográfico. A Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica tem por objetivo, a partir do texto integral do Acordo Ortográfico,
Decreto nº 6.583, de 19 de setembro de 2008, que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, apresentar as bases deste Acordo e relacioná-las com o Ensino da Ortografia, mormente aqueles que procuram descrever e explicar: 1) A ortografia como atividade de comunicação internacional (lusofonia); 2) A ortografia como atividade lingüística (bases) e 3) A ortografia como atividade cognitiva (memória cultural).
2.1. São objetivos mais específicos da Prática de Pesquisa: (a) Estudo das bases lingüísticas do Acordo Ortográfico; (b) levantamento das regras de prescrição, proscrição e exceções ortográficas previstas no Acordo Ortográfico; (c) Estudo do emprego dos grafemas vocálicos e consonânticos da nova ortografia da língua portuguesa; (d) Estudo das regras de acentuação gráfica do exemplário de palavras do Acordo Ortográfico e e) estudo das regras do emprego do hífen do exemplário de palavras do Acordo Ortográfico

3 . Conteúdo programático:
3.1. Atividade I - Apresentação da Prática de Pesquisa e do professor-orientador. Introdução à História da Ortografia da Língua Portuguesa: (a) A fase da ortografia fonográfica; (b) A fase da ortografia etimológica e (c) A fase da ortografia simplificada. Discussão sobre a abordagem da ortografia entre os gramáticos e os lingüistas: (1) Ortografia Acentual; (b) Ortografia Literal; (c) Ortografia Pontual. Orientação. Orientação para leitura e estudos lingüísticos, por base, dos seguintes documentos: (a) Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e (b) Nota explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Atividade individual: elaboração de artigo científico, seguindo as normas da ABNT, sobre os desafios, problemas e soluções para o ensino da ortografia na educação básica.
3.2. Atividade II - Discussão, a partir do Acordo Ortográfico, sobre a política l de ortografia lusófona: (a) Aspectos políticos e lingüísticos do Novo Acordo Ortográfico para os países lusófonos; (b) As repercussões do acordo no ensino da língua portuguesa e (c) Indefinições do Novo Acordo Ortográfico e a tomada de posições pelo VOLP. Tarefa dos alunos-pesquisadores: apresentação de Seminários Ortográficos sobre as Bases do Acordo Ortográfico, por equipe, a partir das orientações do professor. Entrega do vocabulário do Acordo Ortográfico, com definição e ordem alfabética. Orientações para o estudo das regras ortográficas contidas nas bases I a VII: (a) Estudo do vocabulário das bases I a VII; (b) Levantamento das regras ortográficas contidas nas bases I a VII: prescritivas, proscritivas e exceções e (c) regras ortográficas contidas nas bases I a VII para o aprendizado da ortografia da língua portuguesa. (2) Elaboração de artigo sobre a questão dos grafemas vocálicos e consonânticos no Acordo Ortográfico.
3.3. Atividade III - Discussão sobre os fatores que influem na aprendizagem da ortografia: (a) Fatores perceptivos; (b) Fatores lingüísticos; (c) Fatores afetivos e (d) Fatores motrizes. Tarefa dos alunos-pesquisadores: apresentação de Seminários Ortográfico sobre as Bases do Acordo Ortográfico, por equipe, a partir das orientações do professor. Tarefa para os grupos: (1) estudo das regras ortográficas contidas nas bases I a VII: (a) Estudo do vocabulário das bases I a VII; (b) Levantamento das regras ortográficas contidas nas bases VIII a XIV: prescritivas, proscritivas e exceções e (c) regras ortográficas contidas nas bases I a VII para o aprendizado da ortografia da língua portuguesa e (2) Elaboração de artigo sobre a questão da acentuação gráfica no Acordo.
3.4. Atividade IV - Professor-orientador deverá instruir os alunos os parâmetros lingüístico-pedagógicos da didática da nova ortografia: (a) Os Métodos para aprendizagem da ortografia; (b) O método dedutivo na didática da ortografia e (c) O método indutivo na didática da ortografia. Estudo do vocabulário das bases I a VII; (b) Levantamento das regras ortográficas contidas nas bases XV a XXI: prescritivas, proscritivas e exceções e (c) regras ortográficas contidas nas bases I a VII para o aprendizado da ortografia da língua portuguesa. (2) Elaboração de artigo sobre a questão do emprego do hífen no Acordo Ortográfico. Data da entrega a combinar
3.5. Unidade V - Seminários Ortográficos - apresentação, em equipes, dos seguintes tópicos do Acordo Ortográficos: (a) Emprego dos grafemas consonânticos e vocálicos; (b) As novas regras de acentuação gráficas e c) As novas regras de emprego do hífen.

4. - Metodologia de ensino:
4.1. O componente pedagógico será desenvolvido, em sala de aula, através de aulas e discussões teóricas. Ao longo dos encontros da prática serão colocadas para os alunos-pesquisadores questões factuais, analíticas, criativas e práticas sobre o Acordo Ortográfico.
4.2. As aulas teóricas, ou mais, precisamente, as discussões teóricas, em sala de aula, têm um caráter essencialmente dialógico, expositivo e reflexivo e servem para introduzir os conceitos que serão explorados nas aulas práticas, na análise das bases do Acordo Ortográfico, nas quais os alunos aplicarão e consolidarão os seus conhecimentos com a ajuda de notas de aulas, seminários temáticos, propostas de atividades por escrito e elaboração do glossário especializado na área da escrita ortográfica. A atividade de construção de um glossário terminológico (vocabulário presente no exemplário de palavras) na área ortográfica, para esta PP, será uma sugestão importante para o enriquecimento terminológico, constituindo, pois, uma atividade acadêmica obrigatória por parte dos graduandos-pesquisadores.

5. Sistemática de avaliação
5.1. Média Final da disciplina: Serão feitas três avaliações, conforme a sistemática da UVA, levando-se em conta a participação nas atividades orientadas pelo professor, freqüência às aulas (75 por cento de presença) e contribuição dos alunos para o aprofundamento de estudos dos colegas da Prática de Pesquisa. A partir daí, será tirada a Média Final. Todavia, salientamos que o sentido que damos, aqui, na PP, é a aprendizagem como princípio da avaliação. A avaliação não tem por fim aferição, atribuição de notas, portanto, caráter somativo (quantitaivo) mas a observação do pensamento crítico do aluno sobre as bases do novo Acordo Ortográfico.
5.2. As Avaliações Parciais (AP1 e AP2) deverão ser através de elaboração de artigos científicos sobre os tópicos do Acordo Ortográfico, apresentação de seminário temático e entrega de trabalho de conclusão da Prática (Relatório da Prática de Pesquisa), por escrito, ao professor, incluindo o Vocabulário Ortográfico contido no exemplário das bases do Acordo. Os artigos científicos não têm por fim unicamente a avaliação, uma vez que serão elaborados com fins de publicação no blog da Prática de Pesquisa. Para a nota de AP3, a produção de artigos científicos e o Relatório de Pesquisa “Reforma Ortográfica” se constituirão, em termos de avaliação, o momento áureo da PP. A avaliação formativa para a PP é, no nosso entendimento, o critério de avaliação de rendimento acadêmico mais recomendado para a definição de notas ou de média final no final da Prática de Pesquisa.

6. Bibliografia básica
1. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos.
Decreto nº 6.585, de 29 de setembro de 2008. [Dispõe sobre a execução do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em São Tomé, em 25 de julho de 2004] Disponível em Internet: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6585.htm. Acessado em: 16/02/2009;
2. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & lingüística. 5ª ed. São Paulo: Scipione, 1992. pp. 95-14.
3. CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. 4ª ed. São Paulo: Ática, 1999.
4. FARACO, Carlos Alberto. Escrita e alfabetização: características do sistema gráfico do Português. São Paulo: Contexto, 1192. (Coleção Repensando a Língua Portuguesa)
5. GUIMARÃES, Gilda; ROAZZI, Antonio. A importância do significado na aquisição da escrita ortográfica. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp.61-75.
6. LEAL, Telma Ferraz; ROAZZI, Antonio. A criança pensa e aprende ortografia. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).pp.99-120.
7. LEMLE, Mirim. Guia teórico do alfabetizador. 6ª ed. São Paulo: Ática, 1991.
8. MASSINI-CAGLIARI, Gladis; CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização. Campinas, SP: Mercado de Letras/ALB/Fapesp, 1999. (Coleção Leituras no Brasil)
9. MIYARES, Eloína; RUIZ, Vitelio. Vacuna ortográfica: val-Cuba. Nível primario. Metodologia pra prevenir y erradicar las faltas de ortografía. Habana: EdA, 1999.
10. MONTEIRO Ana Márcia Luna. “Sebra-ssono-pessado-asado”. O uso do “s” sob a ética daquele que aprende. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp.43-60.
11. MORAIS, Artur Gomes de. “Por que gozado não se escreve com u no final?” – os conhecimentos explícitos verbais da criança sobre a ortografia. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).pp. 77-98.
12. MORAIS, Artur Gomes de. Escrever como deve ser. In TEBEROSKY, Ana; TOLCHINSKY, Liliana. (orgs.). Além da alfabetização: a aprendizagem fonológica, ortográfica, textual e matemática. Tradução de Stela Oliveira. São Paulo: Ática, 1996. pp. 61-84.
13. MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: este peculiar objeto de conhecimento. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Bel.o Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp.7-19.
14. MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Bel.o Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).
15. REGO, Lucia Lins Browne; BUARQUE, Lair Levi. Algumas fontes de dificuldade na aprendizagem de regras ortográficas. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4).pp. 21-41.
16. SCLIAR-CABRAL, Leonor. Guia prático de alfabetização: baseado em princípios do sistema alfabético do Português do Brasil.São Paulo: Contexto, 2003.
17. SCLIAR-CABRAL, Leonor. Princípios do sistema alfabético do Português do Brasil.São Paulo: Contexto, 2003.
18. SILVA, Cínara Santana da; BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. Reflexões sobre o ensino e a aprendizagem da pontuação. In MORAIS, Artur Gomes. (org). O aprendizado da ortografia. 3ª ed. 1ª reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e Educação, 4). pp. 121-139.
19. TEBEROSKY, Ana; TOLCHINSKY, Liliana. (orgs.). Além da alfabetização: a aprendizagem fonológica, ortográfica, textual e matemática. Tradução de Stela Oliveira. São Paulo: Ática, 1996.
20. ZORZI, Jaime Luiz. Aprender a escrever: a apropriação ao sistema ortográfico. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
Sobral (CE), Campus da Betânia, o presente Plano de Trabalho Docente (PTD) de Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica foi atualizado pelo professor Vicente Martins no período de 16 a 20 de fevereiro de 2009

sábado, 21 de fevereiro de 2009

ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA






Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - Curso de Letras

Campus da Betânia, Sobral, Estado do Ceará
Prof. Ms Vicente Martins[1] - 2009.1
E-mail: vicente.martins@uol.com.br

Prática de Pesquisa: Reforma Ortográfica





ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Base I

Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados
1o)O alfabeto da língua portuguesa é formado por vinte e seis letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula:
minúsculas: a,b,v,f,r,g, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p,r,s,t,u,v, w, x,y,z
Maiúsculas: A, B, C, D, E, F, G, H, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.
Denominação: á, bê, CE, dê, é, efe,Ge ou guê, agá, erre, esse, tê, u, vê, dáblio, xis,ípsilon, Zé.
Obs.: 1. Além destas letras, usam-se o ç (cê cedilhado) e os seguintes dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), lh (ele-agá), nh (ene-agá), gu (guê-u) e qu (quê-u).
2. Os nomes das letras acima sugeridos não excluem outras formas de as designar.
2º)As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais:
a)Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, byroniano; Taylor, taylorista;
b)Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus derivados: Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;
c)Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional: TWA, KLM; K-potássio (de kalium), W-oeste (West); kg-quilograma, km-quilómetro, kW-kilowatt, yd-jarda (yard); Watt.
3º)Em congruência com o número anterior, mantêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de nomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem nesses nomes: comtista, de Comte; garrettiano, de Garrett; jeffersónia/jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller, shakespeariano, de Shakespeare.
Os vocabulários autorizados registrarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgação de certas palavras de tal tipo de origem (a exemplo de fúcsia/ fúchsia e derivados, buganvília/ buganvílea/ bougainvíllea).
4º)Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th podem conservar-se em formas onomásticas da tradição bíblica, como Baruch, Loth, Moloch, Ziph, ou então simplificar-se: Baruc, Lot, Moloc, Zif. Se qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, é invariavelmente mudo, elimina-se: José, Nazaré, em vez de Joseph, Nazareth; e se algum deles, por força do uso, permite adaptação, substitui-se, recebendo uma adição vocálica: Judite, em vez de Judith.
5º)As consoantes finais grafadas b, c, d, g e t mantêm-se, quer sejam mudas, quer proferidas, nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropónimos/antropônimos e topónimos/topônimos da tradição bíblica: Jacob, Job, Moab, Isaac; David, Gad; Gog, Magog; Bensabat, Josafat.
Integram-se também nesta forma: Cid, em que o d é sempre pronunciado; Madrid e Valhadolid, em que o d ora é pronunciado, ora não; e Calecut ou Calicut, em que o t se encontra nas mesmas condições.
Nada impede, entretanto, que dos antropónimos/antopônimos em apreço sejam usados sem a consoante final Jó, Davi e Jacó.
6º)Recomenda-se que os topónimos/topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando entrem, ou possam entrar, no uso corrente. Exemplo: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg, por Cherburgo; Garonne, por Garona; Genève, por Genebra; Jutland, por Jutlândia; Milano, por Milão; München, por Munique; Torino, por Turim; Zürich, por Zurique, etc.
Base II
Do h inicial e final
1º)O h inicial emprega-se:
a)Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor.
b)Em virtude de adoção convencional: hã?, hem?, hum!.
2º)O h inicial suprime-se:
a)Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso: erva, em vez de herva; e, portanto, ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste com herbáceo, herbanário, herboso, formas de origem erudita);
b)Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura se aglutina ao precedente: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver;
3º)O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste; pré-história, sobre-humano.
4º)O h final emprega-se em interjeições: ah! oh!
Base III
Da homofonia de certos grafemas consonânticos
Dada a homofonia existente entre certos grafemas consonânticos, torna-se necessário diferençar os seus empregos, que fundamentalmente se regulam pela história das palavras. É certo que a variedade das condições em que se fixam na escrita os grafemas consonânticos homófonos nem sempre permite fácil diferenciação dos casos em que se deve empregar uma letra e daqueles em que, diversamente, se deve empregar outra, ou outras, a representar o mesmo som.
Nesta conformidade, importa notar, principalmente, os seguintes casos:
1º)Distinção gráfica entre ch e x: achar, archote, bucha, capacho, capucho, chamar, chave, Chico, chiste, chorar, colchão, colchete, endecha, estrebucha, facho, ficha, flecha, frincha, gancho, inchar, macho, mancha, murchar, nicho, pachorra, pecha, pechincha, penacho, rachar, sachar, tacho; ameixa, anexim, baixel, baixo, bexiga, bruxa, coaxar, coxia, debuxo, deixar, eixo, elixir, enxofre, faixa, feixe, madeixa, mexer, oxalá, praxe, puxar, rouxinol, vexar, xadrez, xarope, xenofobia, xerife, xícara.
2º)Distinção gráfica entre g, com valor de fricativa palatal, e j: adágio, alfageme, Álgebra, algema, algeroz, Algés, algibebe, algibeira, álgido, almargem, Alvorge, Argel, estrangeiro, falange, ferrugem, frigir, gelosia, gengiva, gergelim, geringonça, Gibraltar, ginete, ginja, girafa, gíria, herege, relógio, sege, Tânger, virgem; adjetivo, ajeitar, ajeru (nome de planta indiana e de uma espécie de papagaio), canjerê, canjica, enjeitar, granjear, hoje, intrujice, jecoral, jejum, jeira, jeito, Jeová, jenipapo, jequiri, jequitibá, Jeremias, Jericó, jerimum, Jerónimo, Jesus, jibóia, jiquipanga, jiquiró, jiquitaia, jirau, jiriti, jitirana, laranjeira, lojista, majestade, majestoso, manjerico, manjerona, mucujê, pajé, pegajento, rejeitar, sujeito, trejeito.
3º)Distinção gráfica entre as letras s, ss, c, ç e x, que representam sibilantes surdas: ânsia, ascensão, aspersão, cansar, conversão, esconso, farsa, ganso, imenso, mansão, mansarda, manso, pretensão, remanso, seara, seda, Seia, Sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso, valsa; abadessa, acossar, amassar, arremessar, Asseiceira, asseio, atravessar, benesse, Cassilda, codesso (identicamente Codessal ou Codassal, Codesseda, Codessoso, etc.), crasso, devassar, dossel, egresso, endossar, escasso, fosso, gesso, molosso, mossa, obsessão, pêssego, possesso, remessa, sossegar; acém, acervo, alicerce, cebola, cereal, Cernache, cetim, Cinfães, Escócia, Macedo, obcecar, percevejo; açafate, açorda, açúcar, almaço, atenção, berço, Buçaco, caçanje, caçula, caraça, dançar, Eça, enguiço, Gonçalves, inserção, linguiça, maçada, Mação, maçar, Moçambique, Monção, muçulmano, murça, negaça, pança, peça, quiçaba, quiçaça, quiçama, quiçamba, Seiça (grafia que pretere as erróneas/errôneas Ceiça e Ceissa), Seiçal, Suíça, terço; auxílio, Maximiliano, Maximino, máximo, próximo, sintaxe.
4º)Distinção gráfica entre s de fim de sílaba (inicial ou interior) e x e z com idêntico valor fónico/fônico: adestrar, Calisto, escusar, esdrúxulo, esgotar, esplanada, esplêndido, espontâneo, espremer, esquisito, estender, Estremadura, Estremoz, inesgotável; extensão, explicar, extraordinário, inextricável, inexperto, sextante, têxtil; capazmente, infelizmente, velozmente. De acordo com esta distinção convém notar dois casos:
a)Em final de sílaba que não seja final de palavra, o x = s muda para s sempre que está precedido de i ou u: justapor, justalinear, misto, sistino (cf. Capela Sistina), Sisto, em vez de juxtapor, juxtalinear, mixto, sixtina, Sixto.
b)Só nos advérbios em –mente se admite z, com valor idêntico ao de s, em final de sílaba seguida de outra consoante (cf. capazmente, etc.); de contrário, o s toma sempre o lugar de z: Biscaia, e não Bizcaia.
5º)Distinção gráfica entre s final de palavra e x e z com idêntico valor fónico/fônico: aguarrás, aliás, anis, após atrás, através, Avis, Brás, Dinis, Garcês, gás, Gerês, Inês, íris, Jesus, jus, lápis, Luís, país, português, Queirós, quis, retrós, revés, Tomás, Valdés; cálix, Félix, Fénix, flux; assaz, arroz, avestruz, dez, diz, fez (substantivo e forma do verbo fazer), fiz, Forjaz, Galaaz, giz, jaez, matiz, petiz, Queluz, Romariz, [Arcos de] Valdevez, Vaz. A propósito, deve observar-se que é inadmissível z final equivalente a s em palavra não oxítona: Cádis, e não Cádiz.
6º)Distinção gráfica entre as letras interiores s, x e z, que representam sibilantes sonoras: aceso, analisar, anestesia, artesão, asa, asilo, Baltasar, besouro, besuntar, blusa, brasa, brasão, Brasil, brisa, [Marco de] Canaveses, coliseu, defesa, duquesa, Elisa, empresa, Ermesinde, Esposende, frenesi ou frenesim, frisar, guisa, improviso, jusante, liso, lousa, Lousã, Luso (nome de lugar, homónimo/homônimo de Luso, nome mitológico), Matosinhos, Meneses, narciso, Nisa, obséquio, ousar, pesquisa, portuguesa, presa, raso, represa, Resende, sacerdotisa, Sesimbra, Sousa, surpresa, tisana, transe, trânsito, vaso; exalar, exemplo, exibir, exorbitar, exuberante, inexato, inexorável; abalizado, alfazema, Arcozelo, autorizar, azar, azedo, azo, azorrague, baliza, bazar, beleza, buzina, búzio, comezinho, deslizar, deslize, Ezequiel, fuzileiro, Galiza, guizo, helenizar, lambuzar, lezíria, Mouzinho, proeza, sazão, urze, vazar, Veneza, Vizela, Vouzela.
Base IV
Das seqüências consonânticas
1º)O c, com valor de oclusiva velar, das seqüências interiores cc (segundo c com valor de sibilante), cç e ct, e o p das seqüências interiores pc (c com valor de sibilante), pç e pt, ora se conservam, ora se eliminam.
Assim:
a)Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto.
b)Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua: ação, acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo.
c)Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e setor, ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção.
d)Quando, nas seqüências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar o p de acordo com o determinado nos parágrafos precedentes, o m passa a n, escrevendo-se, respectivamente nc, nç e nt: assumpcionista e assuncionista; assumpção e assunção; assumptível e assuntível; peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade.
2º)Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: o b da seqüência bd, em súbdito; o b da seqüência bt, em subtil e seus derivados; o g da seqüência gd, em amígdala, amigdalácea, amigdalar, amigdalato, amigdalite, amigdalóide, amigdalopatia, amigdalotomia; o m da seqüência mn, em amnistia, amnistiar, indemne, indemnidade, indemnizar, omnímodo, omnipotente, omnisciente, etc.; o t, da seqüência tm, em aritmética e aritmético.
Base V
Das vogais átonas
1º)O emprego do e e do i, assim como o do o e do u, em sílaba átona, regula-se fundamentalmente pela etimologia e por particularidades da história das palavras. Assim se estabelecem variadíssimas grafias:
a)Com e e i: ameaça, amealhar, antecipar, arrepiar, balnear, boreal, campeão, cardeal (prelado, ave planta; diferente de cardial = “relativo à cárdia”), Ceará, côdea, enseada, enteado, Floreal, janeanes, lêndea, Leonardo, Leonel, Leonor, Leopoldo, Leote, linear, meão, melhor, nomear, peanha, quase (em vez de quási), real, semear, semelhante, várzea; ameixial, Ameixieira, amial, amieiro, arrieiro, artilharia, capitânia, cordial (adjetivo e substantivo), corriola, crânio, criar, diante, diminuir, Dinis, ferregial, Filinto, Filipe (e identicamente Filipa, Filipinas, etc.), freixial, giesta, Idanha, igual, imiscuir-se, inigualável, lampião, limiar, Lumiar, lumieiro, pátio, pior, tigela, tijolo, Vimieiro, Vimioso;
b)Com o e u: abolir, Alpendorada, assolar, borboleta, cobiça, consoada, consoar, costume, díscolo, êmbolo, engolir, epístola, esbaforir-se, esboroar, farândola, femoral, Freixoeira, girândola, goela, jocoso, mágoa, névoa, nódoa, óbolo, Páscoa, Pascoal, Pascoela, polir, Rodolfo, távoa, tavoada, távola, tômbola, veio (substantivo e forma do verbo vir); açular, água, aluvião, arcuense, assumir, bulir, camândulas, curtir, curtume, embutir, entupir, fémur/fêmur, fístula, glândula, ínsua, jucundo, légua, Luanda, lucubração, lugar, mangual, Manuel, míngua, Nicarágua, pontual, régua, tábua, tabuada, tabuleta, trégua, virtualha.
2º)Sendo muito variadas as condições etimológicas e histórico-fonéticas em que se fixam graficamente e e i ou o e u em sílaba átona, é evidente que só a consulta dos vocabulários ou dicionários pode indicar, muitas vezes, se deve empregar-se e ou i, se o ou u. Há, todavia, alguns casos em que o uso dessas vogais pode ser facilmente sistematizado. Convém fixar os seguintes:
a)Escrevem-se com e, e não com i, antes da sílaba tónica/tônica, os substantivos e adjetivos que procedem de substantivos terminados em – eio e – eia, ou com eles estão em relação direta. Assim se regulam: aldeão, aldeola, aldeota por aldeia; areal, areeiro, areento, Areosa por areia; aveal por aveia; baleal por baleia; cadeado por cadeia; candeeiro por candeia; centeeira e centeeiro por centeio; colmeal e colmeeiro por colmeia; correada e correame por correia.
b)Escrevem-se igualmente com e, antes de vogal ou ditongo da sílaba tónica/tônica, os derivados de palavras que terminam em e acentuado (o qual pode representar um antigo hiato: ea, ee): galeão, galeota, galeote, de galé; coreano, de Coreia; daomeano, de Daomé; guineense, de Guiné; poleame e poleeiro, de polé.
c)Escrevem-se com i, e não com e, antes da sílaba tónica/tônica, os adjetivos e substantivos derivados em que entram os sufixos mistos de formação vernácula – iano e –iense, os quais são o resultado da combinação dos sufixos –ano e –ense com um i de origem analógica (baseado em palavras onde –ano e –ense estão precedidos de i pertencente ao tema: horaciano, italiano, duriense, flaviense, etc.): açoriano, acriano (de Acre), camoniano, goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense (de Torre(s)).
d)Uniformizam-se com as terminações –io e –ia (átonas), em vez de –eo e –ea, os substantivos que constituem variações, obtidas por ampliação, de outros substantivos terminados em vogal: cúmio (popular), de cume; hástia, de haste; réstia, do antigo reste; véstia, de veste.
e)Os verbos em –ear podem distinguir-se praticamente, grande número de vezes, dos verbos em –iar, quer pela formação, quer pela conjugação e formação ao mesmo tempo. Estão no primeiro caso todos os verbos que se prendem a substantivos em –eio ou –eia (sejam formados em português ou venham já do latim); assim se regulam: aldear, por aldeia; alhear, alheio; cear, por ceia; encadear, por cadeia; pear, por peia; etc. Estão no segundo caso todos os verbos que têm normalmente flexões rizotónicas/rizotônicas em –eio, -eias, etc.: clarear, delinear, devanear, falsear, granjear, guerrear, hastear, nomear, semear, etc. Existem, no entanto, verbos em –iar, ligados a substantivos com as terminações átonas –ia ou –io, que admitem variantes na conjugação: negoceio ou negocio (cf. negócio); premeio ou premio (cf. prémio/prêmio); etc.
f)Não é lícito o emprego do u final átono em palavras de origem latina. Escreve-se, por isso: moto, em vez de mótu (por exemplo, na expressão de moto próprio); tribo, em vez de tríbu.
g)Os verbos em –oar distinguem-se praticamente dos verbos em –uar pela sua conjugação nas formas rizotónicas/rizotônicas, que têm sempre o na sílaba acentuada: abençoar com o, como abençoo, abençoas, etc.; destoar, com o, como destoo, destoas, etc.: mas acentuar, com u, como acentuo, acentuas, etc.
Base VI
Das vogais nasais
Na representação das vogais nasais devem observar-se os seguintes preceitos:
1º)Quando uma vogal nasal ocorre em fim de palavra, ou em fim de elemento seguido de hífen, representa-se a nasalidade pelo til, se essa vogal é de timbre a; por m, se possui qualquer outro timbre e termina a palavra; e por n, se é de timbre diverso de a e está seguida de s: afã, grã, Grã-Bretanha, lã, órfã, sã-braseiro (forma dialetal; o mesmo que são-brasense = de S. Brás de Alportel); clarim, tom, vacum; flautins, semitons, zunzuns.
2º)Os vocábulos terminados em –ã transmitem esta representação do a nasal aos advérbios em –mente que deles se formem, assim como a derivados em que entrem sufixos iniciados por z: cristãmente, irmãmente, sãmente; lãzudo, maçãzita, manhãzinha, romãzeira.
Base VII
Dos ditongos
1º)Os ditongos orais, que tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, distribuem-se por dois grupos gráficos principais, conforme o segundo elemento do ditongo é representado por i ou u: ai, ei, éi, ui; au, eu, éu, iu, ou: braçais, caixote, deveis, eirado, farnéis (mas farneizinhos), goivo, goivar, lençóis (mas lençoizinhos), tafuis, uivar, cacau, cacaueiro, deu, endeusar, ilhéu (mas ilheuzito), mediu, passou, regougar.
Obs: Admitem-se, todavia, excepcionalmente, à parte destes dois grupos, os ditongos grafados ae(= âi ou ai) e ao (= âu ou au): o primeiro, representado nos antropónimos/antropônimos Caetano e Caetana, assim como nos respectivos derivados e compostos (caetaninha, são-caetano, etc.); o segundo, representado nas combinações da preposição a com as formas masculinas do artigo ou pronome demonstrativo o, ou seja, ao e aos.
2º)Cumpre fixar, a propósito dos ditongos orais, os seguintes preceitos particulares:
a)É o ditongo grafado ui, e não a seqüência vocálica grafada ue, que se emprega nas formas de 2a e 3a pessoas do singular do presente do indicativo e igualmente na da 2a pessoa do singular do imperativo dos verbos em – uir: constituis, influi, retribui. Harmonizam-se, portanto, essas formas com todos os casos de ditongo grafado ui de sílaba final ou fim de palavra (azuis, fui, Guardafui, Rui, etc.); e ficam assim em paralelo gráfico-fonético com as formas de 2a e 3a pessoas do singular do presente do indicativo e de 2a pessoa do singular do imperativo dos verbos em – air e em – oer: atrais, cai, sai; móis, remói, sói.
b)É o ditongo grafado ui que representa sempre, em palavras de origem latina, a união de um u a um i átono seguinte. Não divergem, portanto, formas como fluido de formas como gratuito. E isso não impede que nos derivados de formas daquele tipo as vogais grafadas u e i se separem: fluídico, fluidez (u-i).
c)Além, dos ditongos orais propriamente ditos, os quais são todos decrescentes, admite-se, como é sabido, a existência de ditongos crescentes. Podem considerar-se no número deles as seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas, tais as que se representam graficamente por ea, eo, ia, ie, io, oa, ua, ue, uo: áurea, áureo, calúnia, espécie, exímio, mágoa, míngua, ténue/tênue, tríduo.
3º)Os ditongos nasais, que na sua maioria tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, pertencem graficamente a dois tipos fundamentais: ditongos representados por vogal com til e semivogal; ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m. Eis a indicação de uns e outros:
a)Os ditongos representados por vogal com til e semivogal são quatro, considerando-se apenas a língua padrão contemporânea: ãe (usado em vocábulos oxítonos e derivados), ãi (usado em vocábulos anoxítonos e derivados), ão e õe. Exemplos: cães, Guimarães, mãe, mãezinha; cãibas, cãibeiro, cãibra, zãibo; mão, mãozinha, não, quão, sótão, sotãozinho, tão; Camões, orações, oraçõezinhas, põe, repões. Ao lado de tais ditongos pode, por exemplo, colocar-se o ditongo ũi; mas este, embora se exemplifique numa forma popular como rũi = ruim, representa-se sem o til nas formas muito e mui, por obediência à tradição.
b)Os ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m são dois: am e em. Divergem, porém, nos seus empregos:
i)am (sempre átono) só se emprega em flexões verbais: amam, deviam, escreveram, puseram;
ii)em (tónico/tônico ou átono) emprega-se em palavras de categorias morfológicas diversas, incluindo flexões verbais, e pode apresentar variantes gráficas determinadas pela posição, pela acentuação ou, simultaneamente, pela posição e pela acentuação: bem, Bembom, Bemposta, cem, devem, nem, quem, sem, tem, virgem; Bencanta, Benfeito, Benfica, benquisto, bens, enfim, enquanto, homenzarrão, homenzinho, nuvenzinha, tens, virgens, amém (variação de ámen), armazém, convém, mantém, ninguém, porém, Santarém, também; convêm, mantêm, têm (3as pessoas do plural); armazéns, desdéns, convéns, reténs; Belenzada, vintenzinho.
Base VIII
Da acentuação gráfica das palavras oxítonas
1º)Acentuam-se com acento agudo:
a)As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafadas –a, –e ou –o, seguidas ou não de –s: está, estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); avó(s), dominó(s), paletó(s), só(s).
Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em –e tónico/tônico, geralmente provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento circunflexo: bebé ou bebê; bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê.
O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ró (letra do alfabeto grego) e rô. São igualmente admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro.
b)As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada –a, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas –r, –s ou –z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), dá-la(s) (de dar-la(s) ou dá(s)-la(s)), fá-lo(s) (de faz-lo(s)), fá-lo(s)-ás (de far-lo(s)-ás), habitá-la(s)-iam (de habitar-la(s)-iam), trá-la(s)-á (de trar-la(s)-á);
c)As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado –em (exceto as formas da 3a pessoa do plural do presente do indicativo dos compostos de ter e vir: retêm, sustêm; advêm, provêm; etc) ou –ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns, porém, provém, provéns, também;
d)As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados –éi, –éu ou –ói, podendo estes dois últimos ser seguidos ou não de –s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); corrói (de corroer), herói(s), remói (de remoer), sóis.
2º)Acentuam-se com acento circunflexo:
a)As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o, seguidas ou não de –s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), pôs (de pôr), robô(s).
b)As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos –lo(s) ou –la(s), ficam a terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o, após a assimilação e perda das consoantes finais grafadas –r, –s ou –z: detê-lo(s) (de deter-lo(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô-la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)).
3º)Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da preposição por.

Base IX
Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas
1º)As palavras paroxítona não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa, Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente, moçambicano.
2º)Recebem, no entanto, acento agudo:
a)As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em –l, –n, –r, –x e –ps, assim como, salvo raras exceções, as respectivas formas do plural, algumas das quais passam a proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis), dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis), réptil (pl. réptéis; var. reptil, pl. reptis); cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme, pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden (pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúmen (pl. lúmenes ou lumens); açúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres), caráter ou carácter (mas pl. carateres ou caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ájax, córtex (pl. córtex; var. córtice, pl. córtices), índex (pl. index; var. índice, pl. índices), tórax, (pl. tórax ou tóraxes; var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. bicípites), fórceps (pl. fórceps; var. fórcipe, pl. fórcipes).
Obs.: Muito poucas palavras deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xênon; fémur e fêmur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ônix.
b)As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em –ã(s), –ão(s), –ei(s), –i(s), –um, –uns ou –us: órfã (pl. órfãs), acórdão (pl. acórdãos), órfão (pl. órfãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóquei, jóquei (pl. jóqueis), amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. de fóssil), amáreis (de amar), amáveis (id.), cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); beribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), íris (sg. e pl.), júri (pl. júris), oásis (sg. e pl.); álbum (pl. álbuns), fórum (pl. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg. e pl.).
Obs.: Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas pronúncias cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus e tônus, Vénus e Vênus.
3º)Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, boia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. (do verbo comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina.
4º)É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas variantes do português.
5º)Recebem acento circunflexo:
a)As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em –l, –n, –r ou –x, assim como as respectivas formas do plural, algumas das quais se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, var. cânone, (pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), Câncer, Tânger; bômbax (sg. e pl.), bômbix, var. bômbice, (pl. bômbices).
b)As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em –ão(s), –eis, –i(s) ou –us: bênção(s), côvão(s), Estêvão, zângão(s); devêreis (de dever), escrevêsseis (de escrever), fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (pl. de pênsil), têxteis (pl. de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus.
c)As formas verbais têm e vêm, 3as pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são foneticamente paroxítonas (respectivamente /tãjãj/, /vãjãj/ ou /tẽẽj/, /vẽẽj/ ou ainda /tẽjẽj/, /vẽjẽj/; cf. as antigas grafias preteridas, tẽem, vẽem), a fim de se distinguirem de tem e vem, 3as pessoas do singular do presente do indicativo ou 2as pessoas do singular do imperativo; e também as correspondentes formas compostas, tais como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), desconvêm (cf. desconvém), detêm (cf. detém), entretêm (cf. entretém), intervêm (cf. intervém), mantêm (cf. mantém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. sobrevém).
Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detẽem, intervẽem, mantẽem, provẽem, etc.
6º)Assinalam-se com acento circunflexo:
a)Obrigatoriamente, pôde (3a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), que se distingue da correspondente forma do presente do indicativo (pode).
b)Facultativamente, dêmos (1a pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta de forma (substantivo; 3a pessoa do singular do presente do indicativo ou 2a pessoa do singular do imperativo do verbo formar).
7º)Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico oral fechado em hiato com a terminação –em da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem.
8º)Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tônica fechada com a grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão de povoar, voo, substantivo e flexão de voar, etc.
9º)Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir palavras paroxítonas que, tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc.
10º)Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo e acerto (é), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e elemento da locução prepositiva cerca de, e cerca (é), flexão de cercar; coro (ô), substantivo, e coro (ó), flexão de corar; deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este, e deste (é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e substantivo; piloto (ô), substantivo, e piloto (ó), flexão de pilotar, etc.
Base X
Da acentuação das vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das
palavras oxítonas e paroxítonas
1º)As vogais tóncias/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas levam acento agudo quando antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo e desde de que não constituam sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s: adaís (pl. de adail), aí, atraí (de atrair), baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, etc.; alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de atrair), atraísse (id.), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída, sanduíche, etc.
2º)As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas não levam acento agudo quando, antecedidas de vogal com que não formam ditongo, constituem sílaba com a consoante seguinte, como é o caso de nh, l, m, n, r e z: bainha, moinho, rainha; adail, paul, Raul; Aboim, Coimbra, ruim; ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo; at-rairn. demiuñrgo, influir, influirmos; juiz, raiz; etc.
3º)Em conformidade com as regras anteriores leva acento agudo a vogal tónica/tônica grafada i das formas oxítonas terminadas em r dos verbos em –air e –uir, quando estas se combinam com as formas pronominais clíticas –lo(s), –la(s), que levam à assimilação e perda daquele –r: atraí-lo(s) (de atrair-lo(s)); atraí-lo(s)-ia (de atrair-lo(s)-ia); possuí-la(s) (de possuir-la(s)); possuí-la(s)-ia (de possuir-la(s)-ia).
4º)Prescinde-se do acento agudo nas vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras paroxítonas, quando elas estão precedidas de ditongo: baiuca, boiuno, cauila (var. cauira), cheiinho (de cheio), saiinha (de saia).
5º)Levam, porém, acento agudo as vogais tónicas/tônicas grafadas i e u quando, precedidas de ditongo, pertencem as palavras oxítonas e estão em posição final ou seguidas de s: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús.
Obs.: Se, neste caso, a consoante final for diferente de s, tais vogais dispensam o acento agudo: cauim.
6º)Prescinde-se do acento agudo nos ditongos tónicos/tônicos grafados iu e ui, quando precedidos de vogal: distraiu, instruiu, pauis (pl. de paul).
7º)Os verbos arguir e redarguir prescindem do acento agudo na vogal tónica/tônica grafada u nas formas rizotónicas/rizotônicas: arguo, arguis, argui, arguem, argua, arguas, argua, arguam. Os verbos do tipo de aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir e afins, por oferecerem dois paradigmas, ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas igualmente acentuadas no u mas sem marca gráfica (a exemplo de averiguo, averiguas, averigua, averiguam; averigue, averigues, averigue, averiguem; enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxague, enxaguem, etc.; delinquo, delinquis, delinqui, delinquem; mas delinquimos, delinquís) ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas acentuadas fónica/fônica e graficamente nas vogais a ou i radicais (a exemplo de averíguo, averíguas, averígua, averíguam; averígue, averígues, averígue, averíguem; enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguaim; enxágue, enxágues, enxágue, enxáguem; delínquo, delínques; delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínqua, delinquám).
Obs.: Em conexão com os casos acima referidos, registre-se que os verbos em –ingir (atingir, cingir, constringir, infringir, tingir, etc.) e os verbos em –inguir sem prolação do u (distinguir, extinguir, etc.) têm grafias absolutamente regulares (atinjo, atinja, atinge, atingimos, etc; distingo, distinga, distingue, distinguimos, etc.)
Base XI
Da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas
1º)Levam acento agudo:
a)As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último;
b)As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo.
2º)Levam acento circunflexo:
a)As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com a vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego;
b)As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba tónica/tônica, e terminam por seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes: amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio.
3º)Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respectivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua: académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue.
Base XII
Do emprego do acento grave
1º)Emprega-se o acento grave:
a)Na contração da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo o: à (de a + a), às (de a + as);
b)Na contração da preposição a com os demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo ou ainda da mesma preposição com os compostos aqueloutro e suas flexões: àquele(s), àquela(s), àquilo; àqueloutro(s), àqueloutra(s);
Base XIII
Da supressão dos acentos em palavras derivadas
1º)Nos advérbios em –mente, derivados de adjetivos com acento agudo ou circunflexo, estes são suprimidos: avidamente (de ávido), debilmente (de débil), facilmente (de fácil), habilmente (de hábil), ingenuamente (de ingênuo), lucidamente (de lúcido), mamente (de má), somente (de só), unicamente (de único), etc.; candidamente (de cândido), cortesmente (de cortês), dinamicamente (de dinâmico), espontaneamente (de espontâneo), portuguesmente (de português), romanticamente (de romântico).
2º)Nas palavras derivadas que contêm sufixos iniciados por z e cujas formas de base apresentam vogas tónica/tônica com acento agudo ou circunflexo, estes são suprimidos: aneizinhos (de anéis), avozinha (de avó), bebezito (de bebê), cafezada (de café), chapeuzinho (de chapéu), chazeiro (de chá), heroizito (de herói), ilheuzito (de ilhéu), mazinha (de má), orfãozinho (de órfão), vintenzito (de vintém), etc.; avozinho (de avô), bençãozinha (de bênção), lampadazita (de lâmpada), pessegozito (de pêssego).
Base XIV
Do trema
O trema, sinal de diérese, é inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas. Nem sequer se emprega na poesia, mesmo que haja separação de duas vogais que normalmente formam ditongo: saudade, e não saüdade, ainda que tetrassílabo; saudar, e não saüdar, ainda que trissílabo; etc.
Em virtude desta supressão, abstrai-se de sinal especial, quer para distinguir, em sílaba átona, um i ou um u de uma vogal da sílaba anterior, quer para distinguir, também em sílaba átona, um i ou um u de um ditongo precedente, quer para distinguir, em sílaba tónica/tônica ou átona, o u de gu ou de qu de um e ou i seguintes: arruinar, constituiria, depoimento, esmiuçar, faiscar, faulhar, oleicultura, paraibano, reunião; abaiucado, auiqui, caiuá, cauixi, piauiense; aguentar, anguiforme, arguir, bilíngue (ou bilingue), lingueta, linguista, linguístico; cinquenta, equestre, frequentar, tranquilo, ubiquidade.
Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema, de acordo com a Base I, 3º, em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, mülleriano, de Müller, etc.
Base XV
Do hífen em compostos, locuções e
encadeamentos vocabulares
1º)Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva.
Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.
2º)Emprega-se o hífen nos topónimos/topônimos compostos, iniciados pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-Campo; Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes.
Obs.: Os outros topónimos/topônimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta, etc. O topónimo/topônimo Guiné-Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso.
3º)Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde; benção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-me-quer (nome de planta que também se dá à margarida e ao malmequer); andorinha-grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d’água, lesma-de-conchinha; bem-te-vi (nome de um pássaro).
4º)Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios bem e mal, quando estes formam com o elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal ou h. No entanto, o advérbio bem, ao contrário do mal, pode não se aglutinar com palavras começadas por consoante. Eis alguns exemplos das várias situações: bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado (cf. malcriado), bem-ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf. malfalante), bem-mandado (cf. malmandado), bem-nascido (cf. malnascido), bem-soante (cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto).
Obs.: Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc.
5º)Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-Atlântico, além-mar, além-fronteiras; aquém-mar, aquém-Pirenéus; recém-casado, recém-nascido; sem-cerimônia, sem-número, sem-vergonha.
6º)Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa). Sirvam, pois, de exemplo de emprego sem hífen as seguintes locuções:
a)Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar;
b)Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho;
c)Pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que seja;
d)Adverbiais: à parte (note-se o substantivo aparte), à vontade, de mais (locução que se contrapõe a de menos; note-se demais, advérbio, conjunção, etc.), depois de amanhã, em cima, por isso;
e)Prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, apesar de, aquando de, debaixo de, enquanto a, por baixo de, por cima de, quanto a;
f)Conjuncionais: a fim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conseguinte, visto que.
7º)Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando, não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares (tipo: a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique), e bem assim nas combinações históricas ou ocasionais de topónimos/topônimos (tipo: Áustria-Hungria, Alsácia-Lorena, Angola-Brasil, Tóquio-Rio de Janeiro, etc.).
Base XVI
Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação
1º)Nas formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e em formações por recomposição, isto é, com elementos não autônomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.), só se emprega o hífen nos seguintes casos:
a)Nas formações em que o segundo elemento começa por h: anti-higiénico/anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra-harmónico/contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico; arqui-hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helénico/neo-helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar.
Obs.: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.
b)Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno.
Obs.: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc.
c)Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n (além de h, caso já considerado atrás na alínea a): circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano, pan-mágico, pan-negritude.
d)Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados com elementos iniciados por r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.
e)Nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-, soto-, vice- e vizo-: ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei.
f)Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró- quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-tônicos (mas pospor); pré-escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover).
2º)Não se emprega, pois, o hífen:
a)Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se, prática aliás já generalizada em palavras deste tipo pertencentes aos domínios científico e técnico. Assim: antirreligioso, antissemita, contrarregra, comtrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, tal como biorritmo, biossatélite, eletrossiderurgia, microssistema, microrradiografia.
b)Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente, prática esta em geral já adotada também para os termos técnicos e científicos. Assim: antiaéreo, coeducação, extraescolar; aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual.
3º)Nas formações por sufixação apenas se emprega o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim.
Base XVII
Do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver
1º)Emprega-se o hífen na ênclise e na tmese: amá-lo, dá-se, deixa-o, partir-lhe; amá-lo-ei, enviar-lhe-emos.
2º)Não se emprega o hífen nas ligações da preposição de às formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver: hei de, hás de, hão de, etc.
Obs.: 1. Embora estejam consagradas pelo uso as formas verbais quer e requer, dos verbos querer e requerer, em vez de quere e requere, estas últimas formas conservam-se, no entanto, nos casos de ênclise: quere-o(s), requere-o(s). Nestes contextos, as formas (legítimas, aliás) qué-lo e requé-lo são pouco usadas.
2. Usa-se também o hífen nas ligações de formas pronominais enclíticas ao advérbio eis (eis-me, ei-lo) e ainda nas combinações de formas pronominais do tipo no-lo, vo-las, quando em próclise (por ex.: esperamos que no-lo comprem).
Base XVIII
Do apóstrofo
1º)São os seguintes os casos de emprego do apóstrofo:
a)Faz-se uso do apóstrofo para cindir graficamente uma contração ou aglutinação vocabular, quando um elemento ou fração respectiva pertence propriamente a um conjunto vocabular distinto: d’ Os Lusíadas, d’ Os Sertões; n’ Os Lusíadas, n’ Os Sertões; pel’ Os Lusíadas, pel’ Os Sertões. Nada obsta, contudo, a que estas escritas sejam substituídas por empregos de preposições íntegras, se o exigir razão especial de clareza, expressividade ou ênfase: de Os Lusíadas, em Os Lusíadas, por Os Lusíadas, etc.
As cisões indicadas são análogas às dissoluções gráficas que se fazem, embora sem emprego do apóstrofo, em combinações da preposição a com palavras pertencentes a conjuntos vocabulares imediatos: a A Relíquia, a Os Lusíadas (exemplos: importância atribuída a A Relíquia; recorro a Os Lusíadas). Em tais casos, como é óbvio, entende-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a combinação fonética: a A = à, a Os = aos, etc.
b)Pode cindir-se por meio do apóstrofo uma contração ou aglutinação vocabular, quando um elemento ou fração respectiva é forma pronominal e se lhe quer dar realce com o uso de maiúscula: d’Ele, n’Ele, d’Aquele, n’Aquele, d’O, n’O, pel’O, m’O, t’O, lh’O, casos em que a segunda parte, forma masculina, é aplicável a Deus, a Jesus, etc.; d’Ela, n’Ela, d’Aquela, d’A, n’A, pel’A, m’A, t’A, lh’A, casos em que a segunda parte, forma feminina, é aplicável à mãe de Jesus, à Providência, etc. Exemplos frásicos: confiamos n’O que nos salvou; esse milagre revelou-m’O; está n’Ela a nossa esperança; pugnemos pel’A que é nossa padroeira.
À semelhança das cisões indicadas, pode dissolver-se graficamente, posto que sem uso do apóstrofo, uma combinação da preposição a com uma forma pronominal realçada pela maiúscula: a O, a Aquele, a Aquela (entendendo-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a combinação fonética: a O = ao, a Aquela = àquela, etc.). Exemplos frásicos: a O que tudo pode; a Aquela que nos protege.
c)Emprega-se o apóstrofo nas ligações das formas santo e santa a nomes do hagiológio, quando importa representar a elisão das vogais finais o e a: Sant’Ana, Sant’Iago, etc. É, pois, correto escrever: Calçada de Sant’Ana, Rua de Sant’Ana; culto de Sant’Iago, Ordem de Sant’Iago. Mas, se as ligações deste gênero, como é o caso destas mesmas Sant’Ana e Sant’Iago, se tornam perfeitas unidades mórficas, aglutinam-se os dois elementos: Fulano de Santana, ilhéu de Santana, Santana de Parnaíba; Fulano de Santiago, ilha de Santiago, Santiago do Cacém.
Em paralelo com a grafia Sant’Ana e congêneres, emprega-se também o apóstrofo nas ligações de duas formas antroponímicas, quando é necessário indicar que na primeira se elide um o final: Nun’Álvares, Pedr’Eanes.
Note-se que nos casos referidos as escritas com apóstrofo, indicativas de elisão, não impedem, de modo algum, as escritas sem apóstrofo: Santa Ana, Nuno Álvares, Pedro Álvares, etc.
d)Emprega-se o apóstrofo para assinalar, no interior de certos compostos, a elisão do e da preposição de, em combinação com substantivos: borda-d’água, cobra-d’água, copo-d’água, estrela-d’alva, galinha-d’água, mãe-d’água, pau-d’água, pau-d’alho, pau-d’arco, pau-d’óleo.
2º)São os seguintes os casos em que não se usa o apóstrofo:
Não é admissível o uso do apóstrofo nas combinações das preposições de e em com as formas do artigo definido, com formas pronominais diversas e com formas adverbiais (excetuado o que se estabelece nas alíneas 1º) a) e 1º) b)). Tais combinações são representadas:
a)Por uma só forma vocabular, se constituem, de modo fixo, uniões perfeitas:
i) do, da, dos, das; dele, dela, deles, delas; deste, desta, destes, destas, disto; desse, dessa, desses, dessas, disso; daquele, daquela, daqueles, daquelas, daquilo; destoutro, destoutra, destoutros, destoutras; dessoutro, dessoutra, dessoutros, dessoutras; daqueloutro, daqueloutra, daqueloutros, daqueloutras; daqui; daí; dali; dacolá; donde; dantes (= antigamente);
ii) no, na, nos, nas; nele, nela, neles, nelas; neste, nesta, nestes, nestas, nisto; nesse, nessa, nesses, nessas, nisso; naquele, naquela, naqueles, naquelas, naquilo; nestoutro, nestoutra, nestoutros, nestoutras; nessoutro, nessoutra, nessoutros, nessoutras; naqueloutro, naqueloutra, naqueloutros, naqueloutras; num, numa, nuns, numas; noutro, noutra, noutros, noutras, noutrem; nalgum, nalguma, nalguns, nalgumas, nalguém.
b)Por uma ou duas formas vocabulares, se não constituem, de modo fixo, uniões perfeitas (apesar de serem correntes com esta feição em algumas pronúncias): de um, de uma, de uns, de umas, ou dum, duma, duns, dumas; de algum, de alguma, de alguns, de algumas, de alguém, de algo, de algures, de alhures, ou dalgum, dalguma, dalguns, dalgumas, dalguém, dalgo, dalgures, dalhures; de outro, de outra, de outros, de outras, de outrem, de outrora, ou doutro, doutra, doutros, doutras, doutrem, doutrora; de aquém ou daquém; de além ou dalém; de entre ou dentre.
De acordo com os exemplos deste último tipo, tanto se admite o uso da locução adverbial de ora avante como do advérbio que representa a contração dos seus três elementos: doravante.
Obs.: Quando a preposição de se combina com as formas articulares ou pronominais o, a, os, as, ou com quaisquer pronomes ou advérbios começados por vogal, mas acontece estarem essas palavras integradas em construções de infinitivo, não se emprega o apóstrofo, nem se funde a preposição com a forma imediata, escrevendo-se estas duas separadamente: a fim de ele compreender; apesar de o não ter visto; em virtude de os nossos pais serem bondosos; o fato de o conhecer; por causa de aqui estares.
Base XIX
Das minúsculas e maiúsculas
1º)A letra minúscula inicial é usada:
a)Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes.
b)Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera.
c)Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos, podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O Senhor do Paço de Ninães, O senhor do paço de Ninães, Menino de Engenho ou Menino de engenho, Árvore e Tambor ou Árvore e tambor.
d)Nos usos de fulano, sicrano, beltrano.
e)Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas); norte, sul (mas: SW sudoeste).
f)Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste caso, também com maiúscula): senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o cardeal Bembo; santa Filomena (ou Santa Filomena).
g)Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também com maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas).
2º)A letra maiúscula inicial é usada:
a)Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote.
b)Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro; Atlântida, Hespéria.
c)Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno / Netuno.
d)Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social.
e)Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos.
f)Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S. Paulo).
g)Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente: Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros países, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático.
h)Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, NATO, ONU; H2O; Sr., V. Exa.
i)Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em início de versos, em categorizações de logradouros públicos: (rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos Leões), de templos (igreja ou Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), de edifícios (palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha).
Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras especializadas observem regras próprias, provindas de códigos ou normalizações específicas (terminologias antropológica, geológica, bibliológica, botânica, zoológica, etc.), promanadas de entidades científicas ou normalizadoras, reconhecidas internacionalmente.
Base XX
Da divisão silábica
A divisão silábica, que em regra se faz pela soletração (a-ba-de, bru-ma, ca-cho, lha-no, ma-lha, ma-nha, má-xi-mo, ó-xi-do, ro-xo, tme-se), e na qual, por isso, se não tem de atender aos elementos constitutivos dos vocábulos segundo a etimologia (a-ba-li-e-nar, bi-sa-vô, de-sa-pa-re-cer, di-sú-ri-co, e-xâ-ni-me, hi-pe-ra-cú-sti-co, i-ná-bil, o-bo-val, su-bo-cu-lar, su-pe-rá-ci-do), obedece a vários preceitos particulares, que rigorosamente cumpre seguir, quando se tem de fazer em fim de linha, mediante o emprego do hífen, a partição de uma palavra:
1º)São indivisíveis no interior da palavra, tal como inicialmente, e formam, portanto, sílaba para a frente as sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos grupos, ou sejam (com exceção apenas de vários compostos cujos prefixos terminam em b, ou d: ab- legação, ad- ligar, sub- lunar, etc., em vez de a- blegação, a- dligar, su- blunar, etc.) aquelas sucessões em que a primeira consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma labiodental e a segunda um l ou um r: a- blução, cele- brar, du- plicação, re- primir, a- clamar, de- creto, de- glutição, re- grado; a- tlético, cáte- dra, períme- tro; a- fluir, a- fricano, ne- vrose.
2º)São divisíveis no interior da palavra as sucessões de duas consoantes que não constituem propriamente grupos e igualmente as sucessões de m ou n, com valor de nasalidade, e uma consoante: ab- dicar, Ed- gardo, op- tar, sub- por, ab- soluto, ad- jetivo, af- ta, bet- samita, íp- silon, ob- viar, des- cer, dis- ciplina, flores- cer, nas- cer, res- cisão; ac- ne, ad- mirável, Daf- ne, diafrag- ma, drac- ma, ét- nico, rit- mo, sub- meter, am- nésico, interam- nense; bir- reme, cor- roer, pror- rogar, as- segurar, bis- secular, sos- segar, bissex- to, contex- to, ex- citar, atroz- mente, capaz- mente, infeliz- mente; am- bição, desen- ganar, en- xame, man- chu, Mân- lio, etc.
3º)As sucessões de mais de duas consoantes ou de m ou n, com o valor de nasalidade, e duas ou mais consoantes são divisíveis por um de dois meios: se nelas entra um dos grupos que são indivisíveis (de acordo com o preceito 1º), esse grupo forma sílaba para diante, ficando a consoante ou consoantes que o precedem ligadas à sílaba anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos, a divisão dá-se sempre antes da última consoante. Exemplos dos dois casos: cam- braia, ec- tlipse, em- blema, ex- plicar, in- cluir, ins- crição, subs- crever, trans- gredir, abs- tenção, disp- neia, inters- telar, lamb- dacismo, sols- ticial, Terp- sícore, tungs- tênio.
4º)As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos deste tipo nunca se separam: ai- roso, cadei- ra, insti- tui, ora- ção, sacris- tães, traves- sões) podem, se a primeira delas não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na escrita: ala- úde, áre- as, ca- apeba, co- ordenar, do- er, flu- idez, perdo- as, vo- os. O mesmo se aplica aos casos de contiguidade de ditongos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais: cai- ais, cai- eis, ensai- os, flu- iu.
5º)Os digramas gu e qu, em que o u se não pronuncia, nunca se separam da vogal ou ditongo imediato (ne- gue, ne- guei; pe- que, pe- quei), do mesmo modo que as combinações gu e qu em que o u se pronuncia: á- gua, ambí- guo, averi- gueis, longín-quos, lo- quaz, quais- quer.
6º) Na translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um hífen, ou mais, se a partição coincide com o final de um dos elementos ou membros, deve, por clareza gráfica, repetir-se o hífen no início da linha imediata: ex- -alferes, serená- -los-emos ou serená-los- -emos, vice- -almirante.
Base XXI
Das assinaturas e firmas
Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registro legal, adote na assinatura do seu nome. Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registro público.

Fonte:
DECRETO Nº 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008. Promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990. Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.9.2008


[1] No dia 03 de março de 2009, o professor Vicente Martins entregou uma cópia do seu Planto de Trabalho docente (PTD), acompanhado de Plano de Disciplina e da Programação de Aulas, à Coordenação do Curso de Letras para que, em reunião do Colegiado, proceda com a leitura, apreciação crítica e avaliação acadêmica. Uma outra cópia dos dois documentos foi anexada à apostila (textos) dos alunos matriculados na Prática de Pesquisa.